terça-feira, 7 de julho de 2015

Beatriz



Beatriz, como amo o seu nome. Não sei se amo naturalmente, como amo o nome Joana, Lara ou Maria, ou se amo porque te amo.

Beatriz, como amo o seu nome. Mas por alguma razão, não consigo chamá-lo. Ele me parece forte, intenso e até áspero demais. Mesmo assim, continuo amando.

Beatriz, como amo o seu nome. Amo porque rima com imperatriz, "a mulher que governa um império". Sugestivo, não?

Beatriz, como amo o seu nome. Amo porque me leva à sua imagem. A imagem da Beatriz que conhece os meus defeitos, os meus vícios e as minhas fraquezas. Conhece os distúrbios da minha mente, a mesma mente que mente quando faço alguma coisa errada. Mas por mais mentirosa que a minha mente seja, você sempre descobre a verdade. Descobre a verdade, perdoa a Renata e defende ambas.

Beatriz, como amo o seu nome. Amo porque intitula a música do Chico, a mesma interpretada pela Ana Carolina. Como protagonizar uma canção tão linda e não amar sua nomenclatura?

Beatriz, como amo o seu nome. Amo porque os nossos pais escolheram. Amo porque a mamãe ama, e se a mamãe ama eu amo também.

Beatriz, como amo o seu nome. Amo porque não há tantas Beatrizes como há tantas Renatas, Carolinas ou Gabrielas. Amo porque, justamente por isso, Beatriz me parece nomear somente uma pessoa. Me parece único e exclusivo, assim como você.

Beatriz, como amo o seu nome. Amo porque está no começo da chamada escolar, e eu nunca gostei que o meu nome estivesse no final.

Beatriz, como amo o seu nome. Amo porque me faz lembrar de você, Beatriz, a menina mulher que perdeu seu melhor amigo e cresceu mesmo assim. Cresceu linda e discretamente, como cresciam as rosas que ele te dava de aniversário.

Beatriz, como amo o seu nome. Amo porque você, Beatriz, argumenta como imperatriz, encanta sua irmã semi-atriz e ilustra o que o Chico diz.

Beatriz, você não é de louça nem de éter, mas é de um amor que eu amo sentir. Um amor que transcende qualquer outro sentimento derivado de outro amor. Um amor que transcende porque não acaba, mas se potencializa a cada dia em que cruzo com você no corredor de casa ou na calçada da Paulista. A cada dia em que nos entendemos com uma mensagem, com uma conversa ou com um jantar no The Fifties. A cada dia em que uso uma roupa sua, claro. A cada dia em que você me dá um conselho arrebatador.

Beatriz, uma vez eu te falei que a minha vida estava do avesso e você respondeu: "então melhora". Tá bom, vou melhorar por você, mas só com uma condição: "me leva para sempre, Beatriz".

Foto: a infância feliz de Renata e Beatriz.

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